18 de setembro de 2012

MEMÓRIAS DE CRIANÇA 2

Bom dia para todos! Dia ensolarado e uma saudade não sei do que. 

Revirando novamente o baú da memória lembrei de um episódio que marcou minha vida. Anos 70, tudo naquele momento era glamorizado. Beber, fumar, bater...o que foi? Bater sim! Tudo virava sonho de consumo e ação. A televisão era o Deus valvulado, a grande caixa mágica, reforçando e despertando tais desejos. Eu como toda criança rebordosa mirim, ficava maravilhada com as mocinhas bebendo whisky, soltando fumaça como dragões vermelhos e dando na cara dos mocinhos ou das galinhas traidoras. Galinhas sim, termo altamente ofensivo para a época . Não faltou canetinha Silvapen, copos com guaraná e uma priminha para ser a galinha da história e levar na cara. Tudo de mentirinha. E assim prosseguimos fazendo durante muito tempo, oras mocinha, oras a galinha. Brincadeira ingênua de criança...será? 

Resumo da ópera: crianças imitando o mundo adulto, pouco diálogo familiar e muitas idéias cristalizadas no inconsciente mecânico de um ser em formação. 

Conclusão: O cigarro glamorizei (parei 8 anos, voltei e estou 03 anos sem fumar novamente), o wisky troquei pelo vinho e para minha frustração virei a mocinha da vez. Pensou que vinha um final poético ou moralista? Esqueceu que pais dos anos 70 eram altamente repressores? Rindo muito aqui! Que saudade da Rebordosa Mirim, ela era meu melhor personagem. Beijos 


* Rebordosa é uma personagem fictícia de histórias em quadrinhos humorísticas criados pelo cartunista Angeli, e que abrilhantou as páginas da extinta revista Chiclete com Banana. Rê é uma mulher de aproximadamente 40 anos, alcoolátra, ninfomaníaca, desbocada e desprovida de bom senso, cujas histórias giram em torno de suas manias e desejos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário