*Incensos nativos
*Resinas
*Ervas
A tradição de queimar gomas, resinas e ervas aromáticas como oferenda aos deuses, para purificação e proteção é um costume antigo que encontramos em várias tradições espirituais do mundo. Algumas destas gomas e ervas são originais a uma cultura particular, nas tradições espirituais de muitos povos diferentes. Nós oferecemos estas gomas sagradas e as resinas para honrar estas tradições. Temos estas matérias "in natura" disponíveis para aqueles que desejam criar sua própria mistura de incensos.
Conheça um pouco mais sobre as ervas, resinas e incensos nativos:
Olíbano
Queimar a resina de Olíbano invoca uma sensação de prazer e eleva nosso Espírito para um sentimento aconchegante e de prazer. Há séculos o Olíbano é queimado. Ele nos faz lembrar a maravilhosa historia dos Três Reis magos trazendo presentes de Olíbano mirra e ouro para o bebê Jesus como reconhecimento de sua divindade! Esses presentes trazidos pelos Reis magos eram incensos altamente valiosos por sua fragrância e efeito em nosso Espírito. A resina de Olíbano tem algo de especial ela fala de séculos de devoção, inspiração Espiritual beleza harmonia e fé. Nossa resina de Olíbano é de primeira qualidade que vem da Somália - África, com um aroma que reconhecemos o fundo de nossa alma.
Sálvia Branca
Para finalidades espirituais e medicinais, a sálvia branca é uma poderosa erva. Os índios norte-americanos dizem que a fumaça da sálvia branca é para purificar o corpo, lugares e objetos pessoais. Por esta razão ela é muito sagrada para muitas tribos.
Nas montanhas semi-áridas da Califórnia cresce um tipo especial de sálvia que é altamente reverenciada pelos índios norte-americanos.
Para finalidades espirituais e medicinais, a sálvia branca é uma poderosa erva. A palavra Sálvia vem do latim "salvea" que quer dizer salvação.
A sálvia branca não gosta de lugares frescos, prefere lugares onde o sol e o calor sejam aproximadamente de 50 graus e à noite fique frio. Enquanto outras plantas morrem neste calor intenso, a sálvia branca absorve a energia do sol para criar seus óleos essenciais que mantêm suas folhas vivas.
A sálvia branca é ótima para queimar como incenso. Os índios norte-americanos dizem que a fumaça da sálvia branca é para purificar o corpo, lugares e objetos pessoais. Por esta razão ela é muito sagrada para muitas tribos. Algumas tribos colocam pedaços de sálvia branca na fogueira na convicção de que a planta purifique o próprio fogo. Em algumas cerimônias dos índios Dakota, um galho de sálvia branca é colocado atrás da orelha para que os espíritos possam reconhecê-lo.
Desde as épocas antigas, a sálvia branca é associada à purificação, coragem e força
Yerba Santa
A yerba santa limpa o ambiente e pessoas das energias negativas e restaura uma barreira de proteção ao nosso redor. As folhas podem ser colocadas em volta da cama de pessoas doentes para proteção e cura. Devido a estas qualidades a hierba santa pode ser queimada como incenso sagrado para criar um ambiente de proteção paz e amor.
Junípero
Para os nativos americanos, Junípero foi uma das plantas mais usadas para a queima de incensos. Eles usavam a ponta dos galhos. Junípero cria uma fragrância quente e doce, ela fortalece a cura, acentua e limpa. Os nativos americanos ainda usam Junípero para dar boas vindas aos hóspedes e para dar suporte quando realizam algumas cerimônias, usam também para limpar animais (cavalos) e carros. É muito usado quando se fazem orações ou cânticos sagrados. Sua fragrância expande a mente, cria e expande espaços internos e aclara. É considerada uma árvore sagrada muito poderosa, que pode recarregar as energias internas e externas dos lugares. Conhecida como "A árvore da vida",textos antigos falam que "onde quer que eu tenha a fragrância do junípero,o Diabo não pode ser encontrado".
Sweet Grass
Produz uma agradável fragrância luminosa. Ela limpa a atmosfera e é usada para cerimônias de limpeza. Segundo os nativos americanos, os bons espíritos, (aqueles que nos ajudam), adoram o aroma da "grama doce". Sweet Grass é usada para atrair energias positivas durante cerimônias de cura, para gerar uma conexão positiva entre aluno e professor, para limpar um espaço ou para visualizações. Tradicionalmente os nativos americanos, usavam antes a sálvia, para limpar os espaços dos maus espíritos que causavam que causavam as doenças. Depois, eles queimavam a "grama doce” para criar uma atmosfera positiva e atrair os "bons espíritos". Ela é uma erva para alma, gera um clima agradável de limpeza, de relaxamento, ajudando a encontrar serenidade, luz e cura. Durante uma cerimônia, conecta as pessoas á volta do fogo com as energias positivas das plantas. Ajuda as pessoas a se conectarem melhor uma com as outras.
Sândalo
É originário da Índia, onde as pessoas acreditam que ele tem uma energia muito forte e de muita proteção. No passado, os indianos verificam que as pregas não atacavam a árvore do sândalo, por essa razão, é considerada a árvore da vitalidade. Na medicina Ayurveda, (a ciência da longevidade), o sândalo é usado para tratar problemas respiratórios, de vesícula, rins, inflamações e problemas de pele. É usado também para dor de cabeça e tem uma forte substância antibactericida. Sua fragrância gera uma atmosfera calma. É usado quando se busca paz interior, equilíbrio, em momentos de reflexão, para pessoas com stress e com um estilo de vida muito movimentado. Dissolve a tensão e é um convite para que sua imaginação flua em uma
maravilhosa e rejuvenescedora viagem.
Cedro
O cedro é uma majestosa árvore que foi sempre considerada símbolo da força, dignidade, poder e vitalidade. O cedro foi a árvore para rituais mágicos de limpeza praticados na Mesopotâmia. O aroma do cedro proporciona clareza mental, gera autoconfiança e fé durante fases difíceis da vida. Os egípcios e o povo da Mesopotâmia usavam o cedro para ter sonhos detalhados que poderiam ser úteis para encontrar soluções difíceis. O cedro é bom para acompanhar meditações e reflexões. Desde a antiguidade, o cedro é considerado a árvore da sabedoria.
Copal
Esta goma vem da América Central onde ainda é muito usada. Um dos incensos mais importantes usados pelos Mayas. Era igualmente sagrado para os Astecas e para os Incas que o queimavam para oferecer principalmente aos deuses. Hoje em dia o Copal é usado em vários lugares como uma goma sagrada queimada para rituais, proteção, curas e purificação. A tradição de queimar gomas, resinas e ervas perfumadas como oferenda aos deuses, para purificação e proteção é um costume antigo que encontramos em várias tradições espirituais do mundo. Algumas destas gomas e ervas são originais a uma cultura particular, nas tradições espirituais de muitos povos diferentes. Nós oferecemos estas gomas sagradas e as resinas para honrar estas tradições. Temos estas matérias "in natura" disponíveis para aqueles que desejam criar sua própria mistura de incensos.
A defumação na História
Por Eugênio Carlos
Ninguém sabe quando a humanidade começou a usar as plantas aromáticas. Estamos razoavelmente seguros de que os sentidos do homem antigo eram bem mais aguçados, e o sentido do olfato foi crucial para sua sobrevivência. Há evidência do período Neolítico de que ervas aromáticas eram usadas em culinária e medicina, e que ervas e flores eram enterradas com os mortos. A fumaça ou fumigação foram provavelmente um dos usos mais antigos das plantas, como parte de oferendas rituais aos deuses. Era provavelmente notado que a fumaça de várias plantas aromáticas tinha, entre outros, efeitos alucinógenos, estimulantes e calmantes. Gradualmente, um conjunto de conhecimentos sobre as plantas foi acumulado e passado a centenas de gerações de xamãs.
O ser humano tem uma ligação muito forte com as plantas. As plantas aromáticas têm sido honradas de um modo especial desde os tempos antigos. Eram utilizadas em rituais religiosos e mágicos, assim como nas artes curativas. Estas três práticas eram fundamentais para a existência humana (ainda hoje continuam sendo).
As grandes civilizações desaparecidas do Oriente Médio e do Mediterrâneo glorificavam os aromas, que faziam parte de suas vidas. Creio que conhecer um pouco da história dos aromas e da defumação mágica, é uma introdução adequada para sua prática.
Descendentes de Atlântida
Há 4000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e da África. Através dela, acontecia o comércio e troca de diferentes mercadorias como por exemplo: ouro, olíbano, temperos e especiarias em geral; conseqüentemente, trocavam conhecimentos de suas diferentes culturas. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: "O Egito".
A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos em direção ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. Inicialmente, sacerdotes e sacerdotisas eram as únicas pessoas que tinham acesso a estas preciosas substâncias. As fragrâncias dos óleos eram usadas em perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a consagração nos rituais. Eram queimados como incenso. Sobre as paredes das tumbas dos templos antigos perdidos no deserto, há um símbolo que aparece com freqüência que parece uma fumaça que sai dele mesmo. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde tempos antigos. Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram de terras distantes incenso, sândalo, mirra e canela. Esses tesouros aromáticos eram exigidos como tributo aos povos conquistados e se trocavam inclusive por ouro. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos. Muitos chegaram a gravar em pedras semelhantes façanhas.
Os materiais das plantas aromáticas eram entregues como tributos ao estado, e doados a templos especiais, onde se conservavam sobre altares como oferendas aos deuses e deusas. Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos. Queimava-se muito incenso nas cerimônias do templo, durante a coroação dos faraós e rituais religiosos. Queimava-se em enterros para extrair do corpo mumificado os espíritos negativos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o Kyphi. O Kyphi se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar ansiedade e iluminar os sonhos.
Os Sumérios e os Babilônios
É difícil separar as práticas destas culturas distintas já que os Sumérios tiveram uma grande influência dos babilônios, e transcreveram muito da literatura dos seus antepassados para o idioma sumério. Sem engano sabemos que ambos os povos usavam o incenso. Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também. Madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo e outras, eram oferecidas às divindades. O incenso de mirra, que não se conhecia na época dos Sumérios foi utilizado posteriormente pelos babilônios. Heródoto assegura que na Babilônia queimaram uma tonelada de incenso. Daquela época nos tem chegado numerosos rituais mágicos. O Baru era um sacerdote babilônio esperto na arte da adivinhação. Acendia-se incenso de madeira de cedro e acreditava-se que a direção que a fumaça levantava determinaria o futuro, se a fumaça movia-se para a direita o êxito era a resposta, se se movia para a esquerda a resposta era o fracasso.
Os gregos e romanos
Estes povos acreditavam que as plantas aromáticas procediam dos deuses e deusas. O povo chegou a consumir tantos materiais aromáticos para perfumar-se que no ano de 565 foi decretada uma lei que proibia utilizar essenciais aromáticas pelas pessoas com temor de não ter suficiente incenso para queimar nos altares das divindades.
Nativos americanos
Os nativos americanos vivem em harmonia com a terra, reverenciam-na como geradora de vida. Os nativos americanos desde muito tempo tem conhecido o valor e poder de cura das plantas de poder, usadas em tendas de suor, dança do tambor etc. Queima se sálvia, cedro e resinas para limpeza de objetos de poder. É usada para a saúde e o bem estar de sua tribo.
Incenso do Templo
Desde épocas mais antigas, as substâncias aromáticas naturais de plantas têm um papel vital na vida diária dos povos. Estas ligações vitais entre povos e plantas perderam-se, e muitos de nós perdemos o toque com a terra e com nosso próprio estado de saúde.
De acordo com o Zohar, oferecer incenso é a parte a mais preciosa do serviço do templo para os olhos do grande deus. Ter a honra de conduzir este serviço é permitido somente uma única vez na vida. Diz-se que quem teve o privilégio de oferecer o incenso está recompensado pela sorte com riqueza e prosperidade para sempre, neste mundo e no seguinte.
Eugênio Carlos é especialista em incensos e historias dos povos e seus usos mágicos com as ervas.
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